O show da Madonna no Rio de Janeiro, marcado para esse sábado (04.5) será um dos principais acontecimentos na cultura, seja dentro e fora do País. É incontestável que a cantora é a rainha do pop, inclusive para muito além da música. Além dos palcos, a cantora também se aventurou no universo do cinema, como atriz e até diretora. No entanto, sua carreira nas telonas não obteve tanto sucesso como na música. Mas, para se ter uma noção, Madonna já levou para casa um Globo de Ouro como Melhor Atriz, mas também conquistou alguns prêmios Framboesa de Ouro, premiação que elege as piores obras de Hollywood. Como esquenta para o show em Copacabana, Bazaar reúne os filmes que tiveram o prazer de ter um toque especial da artista para muito além das trilhas sonoras:
Seu primeiro papel significativo como atriz foi no longa “Procura-se Susan Desesperadamente” (1985). Na história, Roberta Glass, interpretada por Rosanna Arquette, vive uma dona de casa que fica obcecada com anúncios nos classificados de alguém que “procura Susan desesperadamente”. No entanto, Susan (Madonna) é uma criminosa, e Roberta começa a enfrentar problemas quando é confundida com ela.
Em seguida, os longas-metragens de Madonna não fizeram tanto sucesso, nem de crítica e nem de público. Em “Surpresa de Shanghai” (1986), a cidade de Shanghai é ocupada pelos japoneses, enquanto o traficante Walter Faraday (Paul Freeman) aparentemente é morto pela polícia ao tentar deixar a cidade com 500 kg de ópio. Um ano depois, a misteriosa americana Gloria Tatlock (Madonna) chega a Shanghai à procura deste ópio, conhecido como “as flores de Faraday”, com o objetivo de usá-lo para aliviar a dor de soldados feridos na guerra. Oferecendo uma passagem de volta aos Estados Unidos como pagamento, ela consegue a ajuda de Glendon Wasey (Sean Penn), um rude e esperto comerciante, para atingir seu objetivo.
Em 1887, a cantora venceu o prêmio Framboesa de Ouro de Pior Atriz por “Quem é Essa Garota?” (1987), No filme, ela dá a vida Nikki Finn, uma jovem acusada de ter participado de um crime com o qual nada teve a ver. Tentando provar sua inocência, ela pede ajuda ao advogado Louden Trott (Griffin Dunne), um cara com fama de certinho que agora precisa lidar com esta garota um tanto quanto amalucada.
Mais próximo de sua carreira como artista, Madonna também estrelou “Doce Inocência” (1989), como a dançarina Hortense Hathaway, em uma festa de ano novo repleta de artistas.
Após um hiato, a estrela retornou ao cinema em 1990 para “Dick Tracy”, filme dirigido por Warren Beatty. Na obra, Madonna obteve o papel de Breathless Mahoney, uma cantora de boate sedutora que tenta conquistar o detetive da polícia Dick Tracy (Warren Beatty), enquanto este trava uma batalha contra o gângster Big Boy Caprice (Al Pacino).
No entanto, foi nos anos 90 que Madonna marcou ainda mais presença nos estúdios de Hollywood. A cantora participou de filmes como “Neblina e Sombras” (1991), “Uma Equipe Muito Especial” (1992), “Corpo em Evidência” (1993), “Olhos de Serpente (1993), “Grande Hotel” (1995). Sem esquecer do documentário musical “Na Cama com Madonna”, lançado em 1991, que acompanhou sua turnê “Blond Ambition World Tour”.
O maior papel na carreira de Madonna foi em 1996, no qual ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Comédia ou Musical. Em “Evita”, ao lado de Antonio Banderas, ela interpretou Eva Perón, primeira-dama da Argentina entre os anos 1940 e 1950.
Já anos 2000, Madonna voltou aos cinemas na comédia romântica “Sobrou Pra Você”, na qual vive Abbie, uma mulher que decide ter um filho com seu melhor amigo gay para realizar o sonho de ser mãe. O prêmio Framboesa de Ouro de Pior Atriz veio em “Destino Insólito” (2002). Ela ainda fez uma participação em “007 – Um Novo Dia Para Morrer” (2003), obra na qual o espião era interpretado por Pierce Brosnan.
A carreira como diretora veio em 2008, quando Madonna dirigiu “Sujos e Sábios”, que retrata as vidas de A.K. (Eugene Hutz), um cigano ucraniano que sonha com a fama, Holly (Holly Weston), um stripper, e Juliette (Vicky McClure), assistente em uma farmácia na qual costuma roubar remédios. Os três se ajudam a sobreviver em Londres enquanto sonham com uma vida melhor. A obra não agradou os críticos e o filme foi mal avaliado.
No entanto, as criticas não balaram a cantora voltou à direção cinematográfica em “W.E. – O Romance do Século” (2011). O filme conta duas histórias paralelas: o romance entre o rei Eduardo VIII (James d’Arcy) e a americana divorciada Wallis Simpson (Andrea Riseborough) em 1936; e a vida de Wally Winthrop (Abbie Cornish), uma mulher que fica obcecada com a história de amor entre os dois após ler várias cartas de Wallis, em 1998.